O Presidente do ISCAL, Professor Pedro Pinheiro, publicou no Jornal Económico o artigo de opinião intitulado "Portugal arrisca-se a pagar amanhã", onde alerta para a urgência de um planeamento estratégico sólido e de longo prazo em áreas cruciais para o futuro do país.
No artigo, o Professor sublinha que "Portugal enfrenta desafios estruturais que não podem ser resolvidos olhando apenas para o imediato", defendendo que as decisões políticas e económicas não podem continuar a ser orientadas apenas por ciclos eleitorais curtos.
Entre os exemplos abordados está a educação, onde se prevê uma escassez significativa de professores nos próximos anos. O autor questiona: "O que estamos a fazer de fundo para garantir que haverá profissionais qualificados, bem distribuídos pelo território, e sistemas de incentivo que tornem a carreira docente atrativa?".A resposta, acrescenta, não pode ser apenas pontual, mas sim baseada num plano estratégico e articulado.
O mesmo raciocínio aplica-se à saúde, onde a falta de médicos em várias especialidades já é evidente. Segundo o Professor Pedro Pinheiro, "a construção de um sistema de saúde resiliente requer planeamento estratégico, formação continuada e incentivos claros para fixar profissionais, especialmente em regiões mais periféricas."
Na sua análise, esta necessidade de visão de longo prazo estende-se ainda a áreas como a justiça, a administração pública, a gestão fiscal e a transição energética. Para o Presidente do ISCAL, "o planeamento estratégico deve ser visto não como uma opção, mas como uma obrigação ética e política, que garante sustentabilidade e equidade para as gerações futuras."
O artigo termina com um apelo a consensos políticos duradouros que ultrapassem a volatilidade dos ciclos eleitorais e assegurem reformas estruturais em setores essenciais. Como refere o Professor Pedro Pinheiro, "Portugal não pode continuar a olhar apenas para o imediato."
