Pedro Pinheiro, presidente do ISCAL, publicou recentemente um artigo de opinião intitulado “Ciência e Inovação: a política económica que Portugal ainda precisa de fomentar”, no qual sublinha que o equilíbrio orçamental não deve ser encarado como um fim em si mesmo, mas como condição essencial para permitir um crescimento sustentável, baseado no conhecimento. No seu texto, Pedro Pinheiro afirma que “investir na ciência não pode ser apenas financiar laboratórios e projectos, devendo passar essencialmente por criar ecossistemas de inovação que aproximem instituições do ensino superior, empresas e setor público”.
Pedro Pinheiro destaca ainda que, apesar dos sinais positivos de estabilização das finanças públicas, o verdadeiro desafio estrutural de Portugal reside na capacidade de transformar conhecimento em valor acrescentado. Para isso, defende ser necessário reforçar a investigação, promover a inovação tecnológica e apostar na qualificação avançada do capital humano, salientando que “a estabilidade das contas é fundamental, mas sem um investimento contínuo em ciência e inovação essa estabilidade será apenas aparente”. O presidente do ISCAL sublinha também que esta transformação exige políticas públicas de longo prazo, menor burocracia, mecanismos de financiamento mais eficazes e uma cultura de colaboração entre academia, empresas e setor público.
Com este artigo, Pedro Pinheiro reforça o papel do ISCAL como instituição comprometida com o pensamento crítico, a investigação aplicada e a criação de pontes entre o ensino superior e o tecido económico, contribuindo de forma ativa para os debates que moldam o futuro do país.