No dia 8 de setembro foi altura de dar as boas-vindas aos mais recentes estudantes das licenciaturas do ISCAL. A Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) foi mais uma vez palco de abertura do ano letivo, desta vez de 2025/2026. Estiveram presentes os órgãos da presidência do ISCAL, docentes, estudantes e funcionários não docentes do instituto.
O primeiro a abrir as hostilidades foi Amândio Silva, em representação da bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, também docente no ISCAL, proferiu algumas palavras sobre a relação entre a Ordem e a Instituição. Deu as boas-vindas aos alunos, não só na pele do ISCAL mas também da Ordem, que para muitos virá a ser casa: “Bem-vindos ao ISCAL mas também bem-vindos à Ordem dos Contabilistas Certificados, que para a grande maioria de vocês isto hoje ainda não vos diz nada, daqui a umas semanas, meses, anos, provavelmente também será a vossa casa e esta é a primeira de muitas visitas a esta casa”. Amândio Silva não só deu as boas-vindas ao grupo, como também proferiu apoio por parte da OCC no percurso dos estudantes, “a Ordem estará sempre disponível, também do ponto de vista académico e científico, para vos ajudar naquilo que são os vossos caminhos académicos”.
Tomás Guerreiro, presidente da Associação de Estudantes do ISCAL, foi também uma das figuras presentes a discursar na receção dos novos estudantes ao novo “mundo” académico. Numa vertente mais descontraída, o presidente da AEISCAL solicitou: “Quero convidar-vos a fazer parte do nosso desporto – temos o objetivo de subir à 1.ª divisão de todas as modalidades. Quero que vocês aproveitem esta semana ao máximo, vão ter muito tempo de ISCAL e, sinceramente, isto é uma casa. Vocês vão perceber isso. Agora não conseguem perceber porque só estão cá há duas / três horas, mas ao fim dos três vocês não vão querer sair daqui.”
Pedro Pinheiro, Presidente do ISCAL, começou por dar as boas-vindas aos mais recentes estudantes do ensino superior. O presidente reconheceu o esforço dos estudantes, no seu percurso académico prévio, com uma pandemia pelo meio. “Foram vocês que no fim do vosso percurso académico, com tudo aquilo que vocês passaram, tendo aulas online durante a pandemia, a partir dai ter feito o secundário, foram vocês que conseguiram este lugar. E, portanto, também vos estaríamos a enganar se depois de estarem aqui aquilo que vos dessemos fosse fácil – fosse algo que todos vocês conseguissem atingir. É na adversidade que vocês crescem. Tudo o que não vos faz sair da vossa zona de conforto, torna-vos mais fracos, torna-vos menos competitivos, torna-vos piores e, por isso, é que vos digo: vai ser difícil, vai, mas vai valer a pena? Muito.”
Alertou também para a diferença do ciclo onde estão agora inseridos, mas a leveza da comunidade académica que é o ISCAL, onde os docentes e a presidência estarão sempre de braço dado com os alunos: “O ensino superior é diferente, é algo que vão ter ritmos diferentes, em que vocês vão ter de se construir, pedalar a ritmos diferentes. Têm de ser vocês a querer mais, os professores estão lá para vos encaminhar e é por isso que vai ser difícil, mas também é por isso que daqui a três anos vai valer a pena.”
Pedro Pinheiro falou ainda aos novos alunos sobre a importância de a passagem no ISCAL ser apenas um ciclo académico e a importância de abrir horizontes a vários níveis... “Há mais naquilo que é a vossa passagem por aqui. Há a hipótese de aproveitar o programa Erasmus+ e ir fazer um semestre fora ou um ano, há a hipótese de irem fazer um ano até à Alemanha, há hipótese de participar no desporto, de estar em conferências, de fazer voluntariado, de ir a festas, ... E sabem que mais? Todas elas fazem parte do que é ser estudante no ensino superior. Olhem para esta experiência aqui como transformadora- a título pessoal, profissional. É isso que vos propomos.”
Sem nunca esquecer o lema de que os sonhos comandam a vida, o Presidente do ISCAL aconselhou os novos alunos a sonhar: “Durante este vosso percurso, sonhem! Sonhem muito! Sonhem com o que querem ser e fazer, com o que vos faz feliz - mas, sonhar sem um plano para atingir, não serve de nada, portanto ousem criar planos, criar o vosso futuro. Sejam arrojados com o que querem. É aos 18 anos que se pensa grande. Que se quer mudar o mundo. Durante esta temporada connosco, exijam! Exijam de vocês! Tenham a capacidade de exigir de vocês próprios, antes de exigir dos outros.”
Ainda nas palavras do presidente Pedro Pinheiro, para terminar a sua passagem no Welcome 2025/2026, “O ISCAL sempre foi de ter a capacidade de criar um espírito muito forte, de as pessoas se interrelacionarem, se ajudarem, serem companheiras.
Tenham a capacidade de lutar, de querer muito e de, acima de tudo, terem a capacidade de transformar, criar, moldar e vos dar um caminho.”
O Vice-Presidente José Luís Silva, que falou depois de Pedro Pinheiro elogiou o discurso do presidente e reforçou as suas palavras finais, “acreditem sempre no vosso potencial, acho que o foco é: vocês são bons, chegaram cá, agora mostrem que o são e acreditem no vosso potencial”.
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Uma receção calorosa aos novos alunos, que ficaram também a conhecer os diretores dos diferentes cursos onde se vão agora inserir... um a um deram as boas-vindas e conselhos importantes, num painel bastante completo, dirigido pela Vice-Presidente Ana Alice Pedro, que no início aproveitou também para deixar algumas dicas complementares aos discursos prévios, aos novos alunos.
“Dediquem-se ao estudo, aproveitem tudo aquilo que nós oferecemos para além dos conhecimentos científicos, estejam com muita atenção às informações que são transmitidas quer pelo ISCAL, quer pela Associação de Estudantes. Poderão ver nas redes sociais todos os eventos que nós vamos fazer, que a Associação de Estudantes vai fazer, aproveitem ao máximo todas as valências que o ISCAL tem para vos oferecer.”
Como moderadora das intervenções, Ana Alice Pedro começou por fazer uma pergunta geral para que cada um dos diretores de licenciatura pudesse responder: “O que é que gostariam que tivessem dito quando estavam no lugar dos novos alunos e entraram para o curso que escolheram?”
O primeiro diretor de licenciatura a usar da palavra foi Miguel Gonçalves, da licenciatura de Finanças Empresariais que começou o seu momento no painel por responder à questão proposta pela Vice-Presidente Ana Alice pedro: “O que gostava que me tivessem dito? Tanta coisa, ninguém me disse nada, vem aprende faz os exames e safa-te. Foi basicamente isso que me disseram, ou não me disseram, e se calhar era importante haver um apoio diferente que hoje as universidades e o ISCAL em concreto promove e desenvolve junto dos seus alunos.”
Depois foi mais direto aos alunos de finanças, onde falou sobre a recente restruturação do curso, face às mudanças no mercado: “Quem veio para finanças acho que está ciente do que é que vai encontrar, é diferente do curso de comércio, é diferente do curso de contabilidade, tem algumas especificidades mas espero que vá de encontro às vossas expectativas e esperamos, até porque fomos objeto de uma restruturação onde adequamos os conteúdos àquilo que são as necessidades reais do mercado, e portanto espero que corresponda também às vossas expectativas.”
Terminou desejando aos novos alunos que estes anos de licenciatura sejam os melhores das suas vidas. “Aproveitem, mas aproveitem com responsabilidade”, rematou.
Fernando Miguel Seabra, diretor de curso da Licenciatura em Comércio e Negócios Internacionais, foi o segundo a responder à questão. Começou por falar sobre as diferenças irrefutáveis entre as épocas, em que o tirou a licenciatura, para o panorama atual que os novos alunos se inserem: “entre esses anos e o ano atual, a única semelhança que vejo é que os alunos são homens e mulheres, os alunos são homens e mulheres e, portanto, é o fator humano que continua porque o tecnológico, a forma de relacionamento entre professores e alunos e o funcionamento das escolas não tem nada a ver”. O professor recordou ainda o primeiro email que enviou, ao orientador de mestrado, mas quando já era mestre, salientando assim a maior facilidade de pesquisa em arquivo existente hoje no panorama académico.
Carlos Nunes diretor de curso da licenciatura em Solicitadoria falou da proximidade. A proximidade que existe no ISCAL, entre alunos e docentes, entre a associação de estudantes e a instituição, entre a harmonia em que agora se vão inserir também os novos alunos: “se existe uma coisa boa no ISCAL é a proximidade. Portanto, não a desperdicem.
Não cedam ao desapontamento nem ao desânimo. Eu gostava de vos pedir que aproveitem. Só existe um medicamento contra o desapontamento e é a única coisa que nos ajuda a orientar: a alegria. A alegria só vem das experiências. O ISCAL tem feito um esforço extraordinário na pessoa do presidente e vice-presidentes. Aproveitem os vossos professores. A AEISCAL também tem feito um esforço muito grande e assinalável em se tornar um polo orientador e agregador.”
Diretora de curso da licenciatura em gestão, Maria Teresa Esteves, começou por iniciar as suas palavras respondendo também à pergunta colocada a todo o painel. Para a professora, que entrou na licenciatura no início dos anos 80, a grande diferença tecnológica é um ponto importante a mencionar. Sendo o contexto tão diferente, os conselhos que recebeu foram quase nenhuns: “O que me disseram quando eu entrei na faculdade? Nada, praticamente nada. E isso foi mau. Mas como não nos disseram nada, nos mesmos tivemos de descobrir, descobrir tudo, onde eram as salas, quem eram os professores, como é que se estudava, onde estavam os livros.” Completou ainda fazendo a ponte, da altura em que se licenciou, para o momento em que estes novos alunos se juntam ao espaço académico do ISCAL “foi necessária uma descoberta, mas sendo o contexto diferente, penso que hajam fatores que contribuíram para o sucesso e para a felicidade no tempo em que fui aluna de licenciatura, que foi um tempo em que fui muito feliz e os fatores que na altura contribuíram para o sucesso e para a felicidade são os mesmos agora”.
Seguiu-se Ana Catarina Kaizeler, diretora do ramo de Administração Pública da licenciatura em Contabilidade. Antiga aluna do ISCAL, a docente recordou as orientações que recebeu na chegada à licenciatura e deixou ainda conselhos aos recém-chegados “Quando entrei existia o nosso edifício e a nossa cave. disseram-me pouco mas fizeram-me sentir muito, ou seja, fui muito bem recebida – daí a importância da receção ao aluno. A primeira coisa que eu aprendi é que uma nota não me define, e não vos vai definir a vocês – o que vos vai definir são as relações e as experiências que vocês criam e a forma como as usam em benefício próprio. Tirar contabilidade não significa que sejam todos contabilistas, no entanto, é sem dúvida um curso que vos dá uma formação muito forte para tudo o que façam na vida.”
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Amândio Silva voltou a usar da palavra, mas desta vez como subdiretor do ramo de fiscalidade na licenciatura de contabilidade. Recordou a necessidade de existir um equilíbrio entre a vida académica e fora dela, mas que a bondade esteja sempre presente: “Divirtam-se. Vão às festas, saiam à noite com os vossos colegas, conheçam o maior número de pessoas possível, criem as grandes amizades da vida. Estes três anos vão moldar a vossa vida enquanto pessoas e profissionais. É o momento das experiências e do convívio. A segunda nota é a ideia de solidariedade. Sejam bons amigos e bons colegas. Sejam solidários. É aqui que moldamos o que vamos ser na vida, mostramos o respeito pela diferença, é aqui que nós integramos todos. Integrem-se no ISCAL o mais possível. Sejam ambiciosos também, sonhem alto, queiram ser os melhores. Nós enquanto professores, queremos o melhor para vocês. Última nota: já que têm de vir. Às aulas, estejam atentos. 90% do trabalho é estar atentos nas salas de aula. Questionar, perguntar, a relação com os professores, ... – aproveitem.”.
A finalizar o evento de boas-vindas aos novos alunos, falou por fim a diretora do curso de contabilidade, Ana Dias. A professora voltou a falar da importância do equilíbrio na vida académica e introduziu de imediato os alunos de contabilidade ao seu próprio conceito: “Quanto à contabilidade, esta é a gestão do conhecimento financeiro e não financeiro. Têm aqui três anos com docentes de excelência para vos dar conhecimentos técnicos e que vocês depois vão para o mercado de trabalho ser também excelentes.”
Ana Dias falou ainda do programa de Erasmus+ que o ISCAL oferece, com a possibilidade de fazer um ou mais semestres, fora das linhas do território nacional, em faculdades reconhecidas e parceiras da instituição: “Agora têm de pensar se querem fazer os três anos no ISCAL ou se querem ter uma experiência internacional. Têm de pensar se querem ser já fazer um estágio de verão, que vos vai dar outro tipo de visão do mundo”.
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