Eduardo Brito e Diogo Lebre, estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL), representaram o Politécnico de Lisboa nos Jogos Mundiais Universitários de Verão da FISU (Federação Internacional do Desporto Universitário) 2025, no maior evento multi desportivos do mundo, destacando-se nas modalidades de voleibol e natação, respetivamente.
A participação de estudantes atletas no maior evento multi desportivos do mundo reflete o dinamismo e talento da comunidade académica do Politécnico de Lisboa, que se distingue também nas competições desportivas nacionais e internacionais.
De 16 a 27 de julho de 2025, cerca de 8.500 estudantes-atletas e dirigentes de mais de 150 países competiram por medalhas em 18 desportos, nas cidades alemãs de Bochum, Duisburg, Essen, Mülheim an der Ruhr, Hagen e Berlim que acolheram os Jogos Mundiais Universitários de Verão.
Eduardo Brito
O atleta Eduardo Brito, aluno de Finaças Empresariais, integrou a equipa masculina de voleibol, no âmbito da Associação de Estudantes do ISCAL (AEISCAL), sendo também atleta do Sport Lisboa e Benfica (SLB). Foi um dos estudantes-atletas convocados para o estágio da Seleção Nacional Universitária de Voleibol Masculino, em Berlim, na Alemanha.
Para o atleta “Esta foi uma competição pela qual, tanto a nível individual como coletivo, havia grandes expectativas. A nível individual, foi uma época extremamente difícil para mim. Fui confrontado com situações que, se alguém me dissesse que iriam acontecer, nunca acreditaria. Via esta competição como um ponto de viragem, um verdadeiro “renascimento”, digamos assim”, disse a propósito da participação.
Eduardo Brito voltou a integrar a comitiva nacional após ter participado também na edição anterior, realizada em 2023, na China, onde Portugal alcançou o 7.º lugar.
Na edição deste ano, o objetivo da equipa portuguesa era superar esse resultado, mas a tarefa revelou-se exigente desde a fase de grupos.
O grupo incluía seleções como Brasil, Austrália e China Taipé, todas com elevado nível competitivo. Apesar de, na fase final, terem concluído com o mesmo número de vitórias e derrotas, Portugal acabou por não avançar para a fase seguinte por diferença de pontos.
“Debatemos o jogo de igual para igual com o Brasil, que viria a ser vice-campeão mundial. A China Taipé foi a única equipa a tirar um set à atual campeã mundial, a Polónia. Mostra bem o grau de dificuldade do nosso grupo.”
Apesar de não terem alcançado o top 8, a equipa portuguesa disputou o 9.º lugar com a Austrália, num jogo equilibrado que terminou com uma derrota por 3-2. Eduardo Brito destaca o esforço coletivo e a superação individual como pontos altos da experiência: “Acredito que esta competição foi uma enorme aprendizagem, tanto para mim como para os meus colegas. Foi um exercício constante de superação, num curto espaço de tempo, onde o foco tinha de estar sempre no máximo. Confesso que, para mim, foi particularmente exigente. Mas é precisamente nestes momentos que somos obrigados a sair da zona de conforto e a enfrentar a realidade: perceber o que correu mal, para corrigir e evoluir rapidamente.”
“Honestamente, nesta competição não perdi. Apenas aprendi. E foi com esse sentimento que saí da Alemanha. Sei o que não quero. Sei o que tenho de melhorar. E, se tudo correr como desejo, espero poder voltar a representar esta nação na próxima e última oportunidade que terei: na Coreia do Sul.”, sublinhou Eduardo Brito.
O atleta deixou ainda palavras de agradecimento ao ISCAL, à Vice-Presidente Ana Alice Pedro, à FADU, à Federação Portuguesa de Voleibol e ao SLB, sublinhando o apoio fundamental recebido ao longo de todo o percurso. “Representar Portugal é, e será sempre, um privilégio. Um orgulho imenso.”
Diogo Lebre
Já Diogo Lebre integrou a Seleção Nacional Universitária de Natação, que representou Portugal nos Jogos Mundiais Universitários Rhine-Ruhr 2025, realizados entre 17 e 23 de julho, em Berlim, na Alemanha.
Aluno do curso de Solicitadoria, atleta da AEISCAL e nadador da Sport Algés e Dafundo (SAD), Diogo destacou-se nos 100 metros livres, onde alcançou o 29.º lugar e bateu o recorde nacional universitário.
Participou ainda na estafeta 4x100m livres misto, conquistando um 7.º lugar e contribuindo para o estabelecimento de dois novos recordes: recorde nacional absoluto e recorde nacional universitário.
“Competir nos Campeonatos Mundiais Universitários foi uma experiência muito boa. É uma competição de alto nível, muito bem organizada e foi um orgulho estar lá. Conciliar o estudo com o alto rendimento não é fácil, muito menos a este nível, mas mostra que é possível e só dá vontade de querer mais e melhor, seja nos estudos ou no desporto.”, partilhou Diogo Lebre.
A seleção foi composta por dez nadadores universitários de todo o país, numa missão organizada pela Federação Portuguesa de Natação (FPN) em parceria com a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU). A liderança técnica esteve a cargo de Gonçalo Neves, com o apoio do treinador adjunto Simão Marinho. A atleta olímpica Patrícia Mamona assumiu a chefia de missão.
Texto de MFC/GCI IPL
Imagens de FADU