O Professor Pedro Pinheiro, Presidente do ISCAL, publicou recentemente no ECO - Econtas o artigo de opinião “O elo perdido na retenção de talento”.
No texto, o presidente sublinha a importância da gestão intermédia como peça-chave para o futuro das organizações e para a retenção de talento num mercado laboral cada vez mais competitivo.
Partindo de dados de um inquérito internacional, Pedro Pinheiro destaca que três em cada quatro gestores intermédios vivem em burnout, tornando-se o grupo mais sobrecarregado dentro das empresas. Esta exaustão, alerta, não é apenas um problema individual: pode afetar equipas inteiras, reduzir a motivação coletiva e comprometer a sustentabilidade do negócio.
Outro dado relevante é que apenas 41% do tempo destes gestores é dedicado à gestão de pessoas, sendo o restante absorvido por tarefas administrativas e burocráticas. Para o autor, esta realidade representa um contra-senso: “promove-se alguém a gestor, mas depois impede-se que exerça a sua principal função - gerir”.
A preocupação é ainda maior perante o facto de mais de um quarto destes profissionais já planear a saída da sua organização. Segundo Pedro Pinheiro, esta perda não se resume a uma vaga por preencher, mas implica custos elevados, quebra de conhecimento acumulado e descontinuidade nas relações com as equipas.
O Presidente do ISCAL defende que é tempo de as empresas repensarem profundamente o papel da gestão intermédia, reduzindo a carga administrativa, oferecendo apoio real, criando planos de desenvolvimento claros e devolvendo aos gestores a confiança e o tempo necessários para liderar com propósito.
Conclui que investir nos gestores intermédios não é um custo, mas sim a chave para criar organizações mais fortes, humanas e capazes de atrair e reter talento, num contexto em que as pessoas constituem o ativo mais valioso.
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