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Paulina Chiziane - As cores, os olores e a sabedoria da África mais profunda

Ler enriquece-nos a alma, rasga-nos horizontes, oferece-nos esperanças de novos mundos e os instrumentos para melhor os defendermos.

Mas ler não é apenas estudar. Muito para além de estudar, ler é debruçarmo-nos sobre outros mundos para além do estudo. Pela poesia, pela prosa, deixarmo-nos enfeitiçar por outras palavras.

Aprendi desde muito cedo que ler poesia e prosa nos abre as portas para o saber melhor, para o verdadeiro conhecimento, e nos faz viver melhor. Olhamos a realidade, mesmo que aparentemente técnica e tão árida, de outra forma.

Por tudo isso e muito, muito mais, vos convido a espreitar o maravilhoso mundo das estórias das cores, dos olores e dos segredos da fascinante África de Paulina Chiziane.

Ler Paulina Chiziane é descobrir um admirável mundo africano, de emoções fortes, da beleza e dos costumes das terras africanas, tão longe e tão perto de todos nós.

Paulina Chiziane nasceu em 1955, em Manjacaze, Moçambique. 

É uma mulher extraordinária que trás em si a força e a grande sabedoria das mulheres africanas e nos consegue viciar no doce embalo das suas palavras de uma prosa poética.

Publicou vários contos na imprensa (Domingo, na «Página Literária», e na revista Tempo). O seu primeiro romance, Balada de Amor ao Vento, foi publicado depois da independência, em 1990,  sendo o primeiro romance de uma mulher moçambicana. Seguiram-se vários outros, como Ventos do Apocalipse, o  Sétimo Juramento e Niketche.

Tal como afirma, “Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance, mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte.”

Em 2014, foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique pelo Estado português e, em 2021, recebeu o mais prestigiado galardão das letras lusófonas, o Prémio Camões.

Deixem-se embalar, numa cálida noite de verão, pela Balada de Amor ao Vento e aprendam como o amor em África, como em qualquer outro lugar do mundo, é complicadamente bom e tão necessário.